A brincadeira do “telefone sem fio” certamente foi “inventada” em uma época quando nem se sonhava com um telefone que não tivesse fios.
Difícil imaginar que algum leitor não a conheça; acho que todo mundo, um dia, já brincou de “telefone sem fio”.
E essa singela brincadeira de criança, da qual até adultos gostam, reproduz uma realidade terrível: a dos boatos que tomam corpo quando “passeiam” de boca em boca, de ouvido em ouvido.
A “transmissão de informações sobre a vida alheia”, que é uma expressão suave para “fofoca”, é uma praga que corrói os ambientes, principalmente os profissionais. A cultura do “leva-e-traz” – ou “rádio-peão”, como alguns chamam – é o câncer de muitas corporações.